# Sobre a alvura do papel #
Acorda Amor... acorda...
Deitada sobre a alvura do papel
a minha poesia ansiosa te espera
sob a luz dos pórticos que se abrem
em composições de poeta e menestrel
que são as canções de aninhar sentimentos
as nuances d’uma eterna quimera
Acorda amor... acorda...
Em tons que todo querer se revela
na nudez das nossas palavras
nos versos que colocam em chamas
os corpos, as almas dos nossos sonhos
e os nossos corações até se calam
sem deixar de se enfeitar
com as flores que ornam as coroas
embebidas dos nossos desejos
Acorda amor... acorda...
Enquanto os beijos explodem carícias tantas
que as exalamos entre o suores e gemidos
da saliva que umedece os esfogueados anseios
fazendo-nos transparentes a cada toque
na ruborescência dos nossos sentidos
Acorda amor... acorda...
para o meu adormecer te sonhar
Acorda meu amado... acorda...
para o meu Amor sempre te amar