SAUDADE DOÍDA

Senti, com a alma de poeta,

que a saudade não é bonita

nem mesmo na poesia,

pois é mais que dor sentida,

é punhal que do coração

nunca foi removido,

é fâmula a tremular ao vento,

é imagem que só a alma vê

Todavia essa triste saudade,

embora doída e latente,

se bem que tosca e frígida

caminho mal traçado,

é também cândida lembrança

é afago do que foi bom,

é rio que embalou alegria.

Pois ante a beleza

do seu sorriso inesquecível,

a doçura dos seus beijos

e o afago do seu curvilíneo corpo,

concluo que você

me transformou num homem feliz

apesar de já estar mais comigo.

Gilbamar de Oliveira Bezerra
Enviado por Gilbamar de Oliveira Bezerra em 02/12/2012
Código do texto: T4016692
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