VOO ÀS CEGAS...

Algum tempo sem sorrir,

Vida sem luar,

Passos sem sentir,

Gotas a contar.

Áurea a sumir,

Vozes escutar,

Peito a explodir,

Gritos, e relutar.

Aonde vai? Aonde leva uma saudade assim?

Meu coração a se asar...

Ordenando o revoltar,

Revoar dentro de mim.

Aonde ele vai?

Até onde pode ir?

Se é que há, será que existe um fim?

E se não chegar?

Desse voo ele cair...

Num lamentar por voar assim,

Às cegas... Me cegas,

E assim, aonde posso ir?

Inaldo Santos
Enviado por Inaldo Santos em 02/12/2012
Código do texto: T4016285
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