Meu Amor... Mulier
Já era em tempo
Da noite descer fazendo-se valia
Em suas etéreas fantasias... Mulier!
Do pequeno botão vermelho, brotaste...
Movimentando pelos céus de agosto
Todo mar, todo lar, todo meu poetar
Até então em amargas feridas, lidas
Sem palavras, sem a cor da primavera!
Todas as brisas levaram-me a ti,
Libriana do sexto sentido, do verbo escriba,
Da facécia sensual, da origem da vida
Escrita em antigos papiros, idos aos versículos,
Serei para ti as muralhas de Jericó!
Quando dos teus lábios
Mergulhados em morango e o teu corpo
Vestido em quimeras de seda, meu norte
Dilatou-se em mil veracidades, lágrimas sinceras,
Um Cristo verdade em cada detalhe!
Pela tua pele desnuda, acetinada,
Fiz-te guarida em versos, teu vinho, teu cálice,
Teu sentimento desabrochando no peito
Sobre leito, do amor de amar e contar
Com a fortidão de alma...
Oh! Alquimia nossa!
01/12/2012
Porto Alegre - RS