ANELO
Ah, como anelo estar ao seu lado!
Deleitando-me com seus encantadores olhares
Quero voltar à origem de certos tempos
Atravessando montanhas de atmosferas
Onde existe a noite, o riso e a voz refletida
A sina de quem nasce fraco ou forte
O risco, a raiva e a luta de quem cai
Ou que resiste ou adormece, lembrando-te
Do quanto és querido e amado
Assim... Pensando... Faço-te este poema
Nele não haverá verso em branco
Sou um corpo que respira em céu aberto
Janela debruçada para a vida
No teu poema, que versejo
Existe o passo da coragem
Em casa clara, e aberta, uma varanda para o mundo
Estrelas, suave escrita, emoção envolvente
Idéias românticas, traços iguais
Sentimentos demais
Sem palavras, nos beijamos
Depois de prolongado abraço
Ansiedade por nos amarmos
Doce, calor, grito e o arrepio
Reconhecido, imediato; desejos...
Vidas vividas, completamente sentidas
Suave deleite sensual
Suga, envolve, se espalha, me consome
Transcorre pelas minhas veias molhadas de paixão...
Desnuda da vergonha, esse ser que te adora
E cobre, e foge, e volta
Cala-me nua
Beija-me infinito
Como és bonito
Seu dorso à mostra
Toca-me sem censura, sem frescura
Alastra-se pelo meu corpo
Só por uma noite, ou por um suspiro
Ou para todo o infinito...
Não... Não diga que me ama
Mas alimenta essa chama...