Duas Mãos enlaçadas

Faço do azar a minha sorte

Orientado com o desnorte

De percursos atalhados

Entre sonhos falhados

Por causas já vencidas

Outras porém perdidas

Continuo ainda a sonhar

Ainda que o tempo me fustigue

Vou andar, vou caminhar

Por mais que a dor me castigue

Salto intransponíveis barreiras

Ultrapasso limites, fronteiras

Renego todo o meu ser

Se para te ter for preciso

Invento um paraíso

E posso, então, renascer

Voltar a ter o prazer

Do gosto do teu amor

Mistura-se o nosso odor

Num enlace anunciado

Preso no abraço incendiado

Nas lágrimas já da saudade

Que anseiam pela intimidade

Destas vidas tão fugazes

Seremos então capazes

De enfrentar o correr do tempo

Lembrar cada momento

Como se fosse o primeiro

Arrancar ao tempo entranhas

Fazer as coisas mais estranhas

Neste mundo dos mortais

Mas saber que são intemporais

Estas juras que hoje te faço

Pois me liberto do cansaço

Só com um simples olhar teu

Sinto-me no meu apogeu

No auge da minha existência

Roubaste a minha inocência

Mas contigo eu aprendi

Que as maravilhas do mundo

Estão contidas num sorriso

Que irradias lá do fundo

E que para ser feliz eu preciso

Somente de ti

Por isso eu te autorizo

Que sejas parte de mim.

jovige
Enviado por jovige em 29/11/2012
Reeditado em 13/08/2013
Código do texto: T4010638
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