Tempo para amar

Há um rio de fogo em meu olhar

Ao lembrar-me das pétalas espalhadas pelo ar.

São flores colhidas antes do alvorecer,

E se transformam em pequenas lágrimas,

De despedidas do meu olhar.

E nessa solidão que invade mi’ alma

Infinitamente “bela”, bebo o fel do abandono,

Ao me entregar por inteira nos braços de um amor cigano.

Imortalizo meu olhar na multidão a te procurar...

Quantos amores há ainda, que reverenciar...

A cada manhã cinzenta,

O teu sorriso me persegue.

A vida é breve,

Breve como o voo do condor,

A cruzar o céu azul como a rir-se do meu amor...

E a um só tempo a passadas largas,

Eis que se pronuncia o meu contentamento,

A emoção de andar contigo em uma estrada furtiva,

A procura de um lugar em que se possa fazer,

A emoção do nosso amor em um momento renascer.

val cunha
Enviado por val cunha em 28/11/2012
Código do texto: T4009872
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