AUSÊNCIA PRESENTE...
Quando a ausência se faz presente
a ressalva de uma lembrança
nos observa, nos dilacera
fêmea indomável
meu amor eterno
porque partis-tes?
quantas vezes
te fiz beijar
quantas vezes
te fiz mulher
quantas vezes
te fiz amante...
saís-tes e roubas-tes de mim
a minha metade, meu pedaço, minha porção
levas-te o que a saudade não enreda
não encerra, não amarra,
sou cativo dos meus gostares
dos meus pensares,
andejo errante serei
a esse amor quimérico
que sempre consagrarei
em minhas reminiscências
minhas dores...
Romulo Marinho