AUSÊNCIA PRESENTE...

Quando a ausência se faz presente

a ressalva de uma lembrança

nos observa, nos dilacera

fêmea indomável

meu amor eterno

porque partis-tes?

quantas vezes

te fiz beijar

quantas vezes

te fiz mulher

quantas vezes

te fiz amante...

saís-tes e roubas-tes de mim

a minha metade, meu pedaço, minha porção

levas-te o que a saudade não enreda

não encerra, não amarra,

sou cativo dos meus gostares

dos meus pensares,

andejo errante serei

a esse amor quimérico

que sempre consagrarei

em minhas reminiscências

minhas dores...

Romulo Marinho

Romulo Marinho
Enviado por Romulo Marinho em 28/11/2012
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