ESSÊNCIA
O amor dileto é coisa séria:
Não afaga o vento por ser meigo
Mas afunda na agua por ser intenso
Não são palavras que o emolduram
Na intensão da boca que seduz
Mas é a luz que emana dos olhos
Quando a palavra é solta
Estes que se apoderam do sentimento
Que enfeitam em rabiscos estilosos
Não conhecem a proeza deste ardor
Ele transforma lebres em tigres de Bengala
Muda o curso da historia,
reduz e incendeia pele e alma
cataratas de agonia se emanam
quando dele se afasta o afetado
mas quando se aproxima e se aconchega
eclode em elegia e ternura
turva a visão diurna
clareia, a noturna
então quem dele quer clamar
na prosa ou no verso encadeado
saiba que antes de tocar a folha fria
deixe num segundo inebriante,
tua mente e teu peito,
a mercê desta loucura
e mergulha tuas letras neste forno
cultivando, aquecendo o coração,
obliterando tua razão.
O amor dileto é coisa séria:
Não afaga o vento por ser meigo
Mas afunda na agua por ser intenso
Não são palavras que o emolduram
Na intensão da boca que seduz
Mas é a luz que emana dos olhos
Quando a palavra é solta
Estes que se apoderam do sentimento
Que enfeitam em rabiscos estilosos
Não conhecem a proeza deste ardor
Ele transforma lebres em tigres de Bengala
Muda o curso da historia,
reduz e incendeia pele e alma
cataratas de agonia se emanam
quando dele se afasta o afetado
mas quando se aproxima e se aconchega
eclode em elegia e ternura
turva a visão diurna
clareia, a noturna
então quem dele quer clamar
na prosa ou no verso encadeado
saiba que antes de tocar a folha fria
deixe num segundo inebriante,
tua mente e teu peito,
a mercê desta loucura
e mergulha tuas letras neste forno
cultivando, aquecendo o coração,
obliterando tua razão.