sem enredo
só quero a cadência do teu rebolado
vestido colado a forma acentua
teus seios arfantes me têm transtornado
te vejo vestida, mas te quero nua
teu riso não sabe, mas ele provoca
as coxas tão grossas me dão arrepio
não pode sair o coelho da toca
mas pode o teu mar acolher o meu rio
um beijo roubado também é sublime
pois ele redime a ingratidão
de ter que viver sem te ter, me dá medo
mas tu não me deixas que eu me aproxime
e aí, por maior que pareça o tesão,
eu fujo então do meu próprio enredo