sem enredo

só quero a cadência do teu rebolado

vestido colado a forma acentua

teus seios arfantes me têm transtornado

te vejo vestida, mas te quero nua

teu riso não sabe, mas ele provoca

as coxas tão grossas me dão arrepio

não pode sair o coelho da toca

mas pode o teu mar acolher o meu rio

um beijo roubado também é sublime

pois ele redime a ingratidão

de ter que viver sem te ter, me dá medo

mas tu não me deixas que eu me aproxime

e aí, por maior que pareça o tesão,

eu fujo então do meu próprio enredo

Aluizio Rezende
Enviado por Aluizio Rezende em 27/11/2012
Reeditado em 27/11/2012
Código do texto: T4008145
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2012. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.