DE VOLTA AO PARAÍSO

Tinha nome de flor, Violeta. Cheirava à jasmim.

Sonhava ser artista, era trapezista.

Nos lábios rosa carmim. Cabelos, de querubim.

Enxugava as lágrimas com um sorriso belo.

Olhos de furta-cor, nãos mãos um cravo amarelo.

Salpicava com estrelas o manto do céu.

Andar suave de princesa, na cabeça um véu.

Olhava entre as rochas o mar.

No sentimento, um poema: amar, amar !

Deixava pelo caminho pegadas na areia

Ao vê-la passar os homens gritavam: sereia !

Em uma noite de lua meia, veio o aviso

Foi-se a bela, sem demora ... voltou ao paraíso !