Ensina-me a viver
Sou eremita no deserto de minha vida,
Vagamente andando ao procurar a sapiência,
Desarmado pelas tortas armadilhas,
Derrubo-me em insensata impaciência.
Calado em minha própria inquietude,
Busco refugar o meu alento,
Sabendo que minha astuta atitude,
Jamais vai me alçar contentamento.
Caminho esperançoso em nostalgias,
Tentando alcançar porto-seguro,
Entretanto enganadora melodia,
Separa meus anseios por um muro.
Sou a busca incessante de mim mesmo,
Intrigando-me o "ser ou não ser",
Sendo como o vento, confuso,
Peço a vida: Ensina-me a viver?