Preso, aninhado nos braços dela
Ele está louco, está perdendo a razão.
Há noites que não sonha, pois não dorme.
Sua mente infestada dos traços dela está.
Ele já esteve são, livre, feliz.
Mas foi somente conhecê-la, e logo
Toda sua vida passar a questionar.
Seus amigos não combinavam
Com seu projeto de vida.
Seus sonhos eram pequenos demais.
Ela queria mais e mais.
Ele já pensava que nunca fora feliz,
Que vivera enganado, preso à ilusão.
Mal sabia que enjaulado estava
Quando nos braços dela se aninhava.
Ele está louco, ela desapareceu.
Agora está sozinho, pois seus amigos ele largou.
Está cansado, mas o sono não vem.
Só vê as figuras dela! Seus risos, seus planos, seu domínio.
Há meses que ela sumiu.
Só agora ele se dá conta de que sempre fora livre.
De que a prisão eram os desejos dela.
(25 nov. 2012)