Meus Muros...

Meus muros, de olhos latentes,

Tinham pálpebras de perolas,

Faziam sombras desoladas,

Comendo o silencio da alma

Incapaz de chorar as gotas de chuva

Meus muros são crepúsculos,

Das angustias lentas, mornas,

Transfigura-se nas composições

Dos meus papeis amarelados

Meus muros beijam as pedras insanas,

Comendo quase em silencio, o barro,

As entranhas calcárias da felicidade

Moldando-me, quase inerte, no tempo.

Raí nonato

demetrioluzartes
Enviado por demetrioluzartes em 24/11/2012
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