AMOR INCOMPARÁVEL
Pensei a quem comparar.
Quem tem atributo a mais?
Quem poderá igualar
Média altiva entre os Mortais?
Ou em meio aos vegetais
De flores, capins, fruteiras
Recantos de rios e beiras
D’além desses matagais.
Ah! A rocha inebriante,
Cenário das cachoeiras,
Cascatas nas ribanceiras.
Espetáculo fascinante!
Dos alpes, eis a resposta.
Nem planalto ou planície,
Nem obra prima de artífice!
Quiçá uma nova proposta!
Apelo às sete artes
Aos seus rudimentos que, então
Valoriza a perfeição
Da existência e beleza!
Talvez a maior nobreza
Desde toda criação!
E permanece até hoje
Como símbolo da ternura,
Glória, encanto, formosura
Maior força de expressão,
O presente da paixão!
Mas não rendo cerimônia
Aos teus Jardins Suspensos: Babilônia
Exóticos teus jardins são!
Sei que são e os não são
Quando emudece o semblante
Diante de um ser singelo,
Meigo, puro, deslumbrante!
Os comparativos definham.
Ela é mais exuberante!
E este tesouro possuo
Como um prêmio do instante.
Mais feliz meu ser suspira
Minha alma só delira
Por este amor fascinante!