A VIDA COMO ELA É
Gostaria fosse só de alegrias,
Tristezas afastadas,
Ódios aprisionados,
Nunca jamais a fé se dissolva,
Mesmo que existam as turbulências.
O amor prevalecendo,
Nunca com falsas promessas,
Culminando com a paz desejada,
Que sufocaria a guerra perversa,
Não escolhendo vítimas,
Até as criancinhas sucumbem
E as mães jamais terão alegrias.
Gostaria fosse uma flor desabrochando,
E suas pétalas macias uma criança colhesse,
Levando aos tropeços para a mãe que aguarda,
Num cenário onde toda a natureza se curvaria,
Diante de sorrisos e afagos que naturalmente virão.
Não existissem as misérias tão contundentes,
Nas desigualdades sociais perversas,
Onde os barracos das favelas se amontoam,
E as mansões dos abastados tem largas extensões.
É quem sabe uma fantasia impossível,
Que numa noite de insônia almejei desejar,
Mesmo sabendo que jamais isso será alcançado,
Do rico repartindo com o pobre o pão que lhe sobra.
Atenuando a fome da criança que chora.
Seria como um bálsamo que cura as feridas,
E as dores fossem substituídas por dádivas,
Sendo um recanto onde as mãos se apertariam,
Não existindo os confrontos pelas idolatrias,
Uma vida plena onde todos se amariam.
23-11-2012