Eu sou O meu Amor
Eis que aos poucos me desfaço no ar.
Uma colorida bolha de sabão
Prestes a explodir... E assim...
Com o vento poder dançar!
Sou todas as coisas alegres do mundo
Contudo não estou com os pés na terra
Não vivi na realidade um único segundo!
Eis que me transformo na ilusão de meus dias.
Uma visita inesperada do bem amado
Manifestando-se em minhas débeis poesias
Tudo sem contexto... Sem pretexto!
Sou uma Flor cultivada com mãos de ilusão.
Metamorfoseie-me então em arte...
Expurgo no lirismo a dor.
Pois deste verbo Muito se pode criar
(metamorfoseie-me em meu amor!)
Hoje o espelho revela-me os detalhes da fantasia.
Sou areia fina que se espalha no incerto
soprada pelo o vento...
Sigo sem destino, sem um porquê concreto.
Mudando de quando em quando
Os traços da paisagem deste deserto!
Amando, não só me transformei no tudo...
Por algumas vezes eu sou o Nada
Um fragmento de amor a Flutuar
Para que tenha mais razão o poeta que disse
“Transforma-se o amador na coisa amada
Por virtude do muito imaginar”