Efêmera flor.
Efêmera flor.
Autor: Daniel Fiúza
02/07/2005
Momentos sublimes
Viraram inexpressivos
Uma teia discordante
Uma falseta abundante
Sentimento invisível
Na inconstância volúvel.
Olhares desviados
Mascarados escondidos
Envergonhando o amor,
Ausência presente;
No perfil do desamor
O beijo cuspido
Na dor.
A ternura volátil na ilusão
A troca da pedra firme
Por sutil margarida
Efêmera flor
Que embriaga no cheiro
Encanta na beleza
Mas fenece rápido.
Ficaram órfãs as emoções
Ficou surdo o carinho
A cumplicidade falseou
Triste desilusão
Visão turva, perturbada,
O sofrer de agora, conturbado!
A tormenta, e o tormento depois.
Peles repelidas, eriçadas,
Afagos, beijos e caricias,
Prensados no vácuo céu, ao léu,
Melancólica pena de amor
Coração louco desgovernado
Em outro mundo fictício
Iludido fora da realidade.