Mortificando-se
Fremente paixão que consome
excessivamente revolta submete
e no silêncio guarda a chave
dor ardor que subjuga e mente
Mortificando-se num delírio
que nunca adormece
da carne que anseia
o prazer na dor que entorpece
E encarcerada a pobre alma desfalece
pelo gozo da carne que arde
ambas alma e carne enjauladas
por esta prisão que as obrigam
num misto de gozo e agonia
Totalmente entregues e rendidas
se perdem neste ávido sentimento
reclusas e em êxtase
a mortífera paixão as consomem.
(Pensamentos e Palavras Stella Maris 2012)