Na direção do amor...

(...) no silêncio da madrugada;

dolorida e conturbada,

chora minh'alma calada;

explosão vulcânica,

tristeza oceânica e abissal;

denúncias, renúncias,

minúcias monumentais;

implosão racional;

coração teimoso tão

emocional; na visão do

pensamento, nuvens

serenas, tranquilas;

um licor de lua embriaga

a imaginação na direção

do amor, dedilhando,

manuseando, palmilhando,

buscando a perfeição nas

curvas tresloucadas,

alucinantes, apaixonadas,

que ativam e reativam

o amor em mim;

na insônia da madrugada

meu pedido para você

voltar pra nós.

Marisa de Medeiros