Morada
Você entrou na minha vida para fazer morada
Deixar a casa arrumada, a cama ocupada
Deixar bem lustrada aquela velha mobília
E as roupas pelo chão
Sem repreensão.
Você veio aos meus braços na confissão do tempo
Deu avisos ao vento, ao meu movimento
Deu ao meu peito aquela alegre batida
Correndo a pulsação
Na conexão.
Você chegou e inundou inteiramente minh’alma
Entre um beijo e palma, entre socos de calma
Entre o corredor do banheiro e o quarto
E as luvas sem as mãos
Ó sexos pagãos.