Na Vida existe uma estrada para cada um apesar de caminharmos todos juntos.

E por isso em alguns momentos nos sentimos incrivelmente sós....
é quando uma neblina de melancolia nos envolve...

Quando ela se dissipa vemos que eram preciso estes momentos para libertar alguns sentimentos que não eram percebidos devido a nossa visão embaçada pela rotina.

Então nos fortalecemos com algo novo...numa renovação interior que queremos apresentar ao mundo exterior.
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Os sentimentos adquirem maior nitidez, mais peso e significado em nossas vidas.

As Poesias podem trazer de volta sonhos inacabados para finalizá-los.

As Poesias tem magias, intuições, resgatam vestígios de uma alma quando ainda era pura como a água cristalina descendo pelos riachos dos montes verdejantes.

As Poesias não pertencem a nós.

Elas são como ferramentas fluídicas emanadas de emoções geradas muitas vezes além de nós numa instrospecção contrastante com o mundo exterior e ali  complementamos uma Obra (im)Perfeita  de Deus pela qual o Homem eleva a  sua alma.

Imperceptivelmente levamos mensagens adiante no Tempo...para se purificar ou purificarmos num agradecimento maior, por nossa existência.

A Poesia, esta essência para a vida, mostra-nos que a Felicidade está justamente em nossa imperfeição, ou melhor, na procura pela perfeição que dura eternamente enquanto caminhamos cada qual por sua Estrada...



O Homem consigo mesmo em discórdia, o torna um Ser inconstante, de opiniões contraditórias, de falar sem pensar, de agir rápido demais e de se arrepender tarde demais. Ele não acredita na Felicidade que está em si.

Tudo na procura de uma Felicidade eterna para um Ser inacabado.
O Seu pensamento e sabedoria o levam além de Deus numa superioridade efêmera de data e hora própria para acabar e muitas vezes se envergonhar.

A Poesia nascida de seu coração pode se tornar eterna e jamais desaparecer os seus pensamentos e a sua coragem de colocar a sua alma nua em plena multidão.

Que muitas extasiadas olham para o seu autor e não a sua criação.
Ah! Poesia! Nascida e criada nos tempos das Pedras (que ainda as carregamos).

Escritas à fogo em madeiras inertes (que ainda chamuscam os nossos corações).

Trazidas e levadas pela voz enigmática do Homem e pelos simples cantares dos pássaros para nós em deleite saudar os novos dias e retratadas nas cores do crepúsculo que nunca são iguais.

Ah! E esta Poesia que se transforma em sais pelas palavras escritas na areia da praia, levadas pelas ondas do mar, escritas pela doçura de seu coração.

Como dois jovens apaixonados sem idade a nos interessar nesta areia de milhões de grãos, com varas, com os dedos das mãos ou dos pés, desenhamos um coração transpassado por uma flecha ou dois corações entrelaçados...

Somente a Poesia pode eternizar o Amor com um nome escrito em cada coração para si, guardar.


E ao Futuro, levar.

Robertson
Enviado por Robertson em 20/11/2012
Reeditado em 20/11/2012
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