Amor, amor

Tenho-te quando estou a deitar,

num fechar de olhos,

assusto-me ao cantar

a canção que outrora

cantava para mim.

Espero-te parado nas ruas,

se realmente sei quem és

não quero que demores para o café.

Não conheço-te ainda,

embora por entre o mundo

te enxergo serena e fria.

Nem com açucar adocei a nossa xícara

pois você

meu amor

entrará em minha vida.

O leite que hoje tomo

nas manhãs que fazem-se amigas

faz também

pensar nas lembranças ainda não vividas

pois você

meu amor

estará nas coloridas fitas.

Se hoje canto uma canção

seja ela com brandura, ou não

é porque eu danço e vivo

as grandes e belas aventuras

e você

meu amor

há de estar nas mais leves e puras.

A orquesta da cantida

distingue a nota mais aguda

que em meu peito

estronda e palpita

as batidas mais profundas

e por você

meu amor

pedirei grandes momentos

e os mais sinceros sentimentos

para guardar-te em meu peito

ou talvez em sonhos

que deixo em baixo do antigo travesseiro.

Letícia Dantas
Enviado por Letícia Dantas em 19/11/2012
Reeditado em 19/11/2012
Código do texto: T3993892
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2012. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.