Dor Saudade, Amor
Minha dor... Hoje lateja...
Embriaga-me em lágrimas, traz na palavra
Um blues solitário em apelos e gritos,
Quase silenciosos, quero-te no beijo!
Oh! Menina erudita...
Oh! Mulher da mesquita...
O divagar tem o teu perfume,
Aquele que da seda longa soltou-se
E na pele foi degustado como vinho,
Teu corpo, meu porto, teus poros ao mar!
Clamor, divino sabor em notas intensas,
Canduras imensas cingindo em andanças
A viva junção pulsando, maculando,
Escrevendo em suplicas mais um arpejo em Lá Amar!
Sei que me compreendes, mas meu amor por ti
É maior que o meu mundo letrado em passagens,
Prosaicas, assim como tu, alma eleita,
Divina veemência, esplendida imensidão!
Oh! Saudade...
Dói no peito, no preito, quero teu seio
Junto à face em todas as fases, lua de vós,
Ouço tua voz nos ventos, nos espelhos de nós!
É verdade... A mais pura Verdade...
Amo-te!
17/11/2012
Porto Alegre