Lagrimas de Amor
No brilho negro, asas do corvo,
Negro ouro iluminando a escuridão,
São centelhas refletidas, são espelhos
Laços supremos infinitos de emoção.
A boca sopra hálito quente adocicado,
Espasmos de estrelas no imenso vazio,
Como profundas misturas de essências,
No crescente limiar de teu cio.
Ventre que abraça,
Com pernas e braços
Com a alma em chamas, espasmos
Hipnotizando o corpo, como sereia
Ou Iemanjá,
No silêncio do teu
Cantar.
E o vento inflama
Com redemoinhos de ternura,
Incendeiam-se as pétalas, os galhos e espinhos
Projetam sombras que dançam e dançam
São nuvens, se misturam
Condensam-se
E explodem.
São os últimos sussurrar, tensos.
Lodaçal em lavas ferventes,
O universo nestes lábios carentes
Como rosas se abrem,
Vermelhos quentes
Rolam as ultimas lagrimas,
Apenas gotas de cristal
Serpenteiam mansas macias
Inundando o mar
Olhar sensual
Cintilando mundos
Como espelhos a brilhar.