Lagrimas de Amor

No brilho negro, asas do corvo,

Negro ouro iluminando a escuridão,

São centelhas refletidas, são espelhos

Laços supremos infinitos de emoção.

A boca sopra hálito quente adocicado,

Espasmos de estrelas no imenso vazio,

Como profundas misturas de essências,

No crescente limiar de teu cio.

Ventre que abraça,

Com pernas e braços

Com a alma em chamas, espasmos

Hipnotizando o corpo, como sereia

Ou Iemanjá,

No silêncio do teu

Cantar.

E o vento inflama

Com redemoinhos de ternura,

Incendeiam-se as pétalas, os galhos e espinhos

Projetam sombras que dançam e dançam

São nuvens, se misturam

Condensam-se

E explodem.

São os últimos sussurrar, tensos.

Lodaçal em lavas ferventes,

O universo nestes lábios carentes

Como rosas se abrem,

Vermelhos quentes

Rolam as ultimas lagrimas,

Apenas gotas de cristal

Serpenteiam mansas macias

Inundando o mar

Olhar sensual

Cintilando mundos

Como espelhos a brilhar.

alexandre montalvan
Enviado por alexandre montalvan em 17/11/2012
Reeditado em 01/12/2012
Código do texto: T3990926
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