Plena Mensura
Um raro e elegante som
Rompe o silêncio, inebria-me,
Desnuda-me em baluartes, arte em voz,
Infinda ao meu olhar, ecos em orações!
Longos mantôs,
Elegia teu corpo em passos suaves, aves
Pelo revoar da noite já brilhando, regente
Da ventura a ser seguida, vidas ao paraíso,
Beijos ao lamento dos lábios... Plena Mensura!
Cálices e taças orquestram
Detalhes numa gravura intimista, sedutora,
Indutora do entrelaço, inteiro laço
Ao orgasmo pelo pranto, no entanto
Feiticeiro como meandros d’essência!
Pelo colorido do passeio,
Sedas e velas, entontecem, embevecem,
Transluz entre os caminhos das peles
Juras, mudas cantigas, novas cartilhas,
Eras centelhas em ebulição... Rogai pelos trigais!
Anelado a alma tua,
Dou-te uvas ao peito, madrugada ao leito,
Amor ao desejo, facetas do ensejo
Bendizendo cada trejeito, teu jeito...
Paixão!
17/11/2012
Porto Alegre - RS