De coração
Tem um amor bem “sarado”
e apurado como vinho fino;
com os bíceps avantajados,
mui treinados pelo destino;
olhando outro que vivencia,
inda estréia nesse desatino,
ora entrando pra academia,
para fazer o primeiro supino;
O sarado exibe as cicatrizes,
rastros das lâminas brancas;
das promessas dos deslizes,
sangrias que tempo estanca;
o segundo busca tatuagens,
pois também quer u’a marca;
tanto devaneou com viagens,
até que enfim, agora embarca;
Vem vindo uma nova estação,
aquela que, após do inverno;
surge, enche de cores o chão,
a relva troca então seu terno;
um especialista em decoração,
orna ao que há de ser eterno
em linda, criativa combinação,
entre o clássico e o moderno...