Do meu tom

Me retiro, não a tenho, mas agora te vejo,

te sinto e te ouço como arpejo.

Venha, me traga um desejo,

posso ser um solfejo!

De dor não viverá, o perdão te acolherá,

na prisão de amargura, não voltará.

Não duvide, amor tão grande sentia

logo renasce e te inspira

De cuidados tão ternos, de afetos tão eternos,

mostrarei toda beleza, todo sabor e todo som.

Não voltaremos ao inferno, não seremos tão externos.

Tão simétricos, entre nós nem semitom.

No caminho te reencontro, perdida e sem canto.

Pode deixar que amor lhe planto, e tanto!

Num acalanto, te encanto.

Kento
Enviado por Kento em 16/11/2012
Reeditado em 17/11/2012
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