FALTA

“FALTA”

Falta,

E que verdade

É essa que não se apressa

Que não se rebela,

À dor do meu peito

Que não se recupera,

Que prepondera,

Nos relacionamentos

Que por índole de culpa

Logo acabam,

Tão logo venham.

Se eu vivesse o mimo,

O mínimo de certeza

De que ela realmente se ampara

Pelas lembranças de meus beijos;

Que seus pés recostam

Pelos caminhos dos amores verdadeiros,

Eu não viveria a chuva de meus sentimentos

E tampouco teria uma vida sem alarde

E a imagem de seu perdão,

Seria a base,

De uma visão,

De um amor imenso!

Uma imagem real

De maravilha tão grande,

Da força de um momento

Em um receio mirante

Da magia de um arrependimento.

Se não me consola,

O que tens sido,

A vida verdadeiramente

Sente os amores transfigurados

Pela voz do passado,

Em que mais um adeus

Toma-me em corpo presente,

Sem o meu consentimento.

E que com a minha coragem,

Que ao me enganar, soubesse,

Que figura o amor que se guarda

E se aguarda que a espera se acabe

Para que eu tome seu nome,

Em atitude,

Na posse de enamorá-la!

Seria quase uma sensação

Uma exultação de um embate

Em que eu romperia com tudo,

Com um quê que não me forçasse...

A ditar os ditos tão bonitos

Para um longe,

Com o qual convivo.

Para onde,

Esconde-se,

A vida que não fosse...

Um receber de impasses.

Em transportar-me em correntes

Para os que se amam

E que não se chamam incondicionalmente

Mesmo que em margens,

Em que suas bagagens,

Perenes,

Os distanciem para sempre.

E para que os conflitos do mundo

Em corações repletos de bobagens

Demarquem a fúria que se reparte,

Em lutas sem sobreviventes

Caídos em lágrimas sem coragem;

Em que não se reparem

No despenhadeiro dos amores

Que partiram logo cedo,

Por livre falta de arbitragem.

Espinhos de medo,

Que enfrento,

Em minha ausência e receios

Que ecoam feito um adeus...

Meus Deus!

Dou-te minha vida,

Em comprometimento!

Em quase uma pregação

Em que ela acreditasse em mim;

Para que dela não se corresse,

Um tempo sem fim...

Onde a mágoa destrói tudo,

Que um dia,

Foi um começo;

Em que um coração se tomou em destino

Em que vejo o sonho de imagens

Em uma felicidade perdida em tudo

Em que um amor lúdico,

Foi muito,

Para que volte a ser único,

Outra vez.

Que venha a ser verdadeiro,

Morrendo de uma causa

Que vive pelos dias,

Querendo-se a calma,

De amá-la por inteiro.

Mesmo que sua morte

Cause um abandono de dentro,

Os defeitos irreparáveis do amor

Nos provocará o medo do esquecimento

Em que nem sempre,

Caminharemos por passos serenos

E o tempo não se recuperará

E em sua vaidade,

Não terá o compromisso

De amar-se um ao outro,

Mesmo que omissos.

Hoje,

O que se prova...

...E o que resta,

É a infelicidade...

Da incapacidade do tempo

Em jamais se recuperar;

Nem de explicar,

Os caminhos do horizonte,

Onde a partilha se dá!

Eu já não mais enxergo o amor.

Dividido,

Tomo em decisão,

A ação...

De fazer o mal a mim mesmo

Ou pelo sempre,

Ou pelo todo

Em um eterno destino,

Pelo consolo,

Em desistir-se

Porque creio que amar

Não mais se espelha amparar

E a remissão de um perdão,

Seja o pecado de se negligenciar

Tal qual o igual desviar de seu olhar

Que não mais tenho!

E por se desistir,

Porque se ama,

A chama reclama em silêncio

A palma de seus atores

E a falta de seus senhores,

Donos de mim,

Castigam-me por todos os seus fulgores

Em que sonho,

Viver seu corpo,

Em meus amores...

...E pelas noites

Em que nos ignoramos,

Amantes...

Em que temos compromissos e mesmo vaidades

E o tempo jamais se recompõe, se recupera.

Em orgulhos de tolas bobagens,

Que preponderam

Frente à passagem de todos os momentos

Em que as mensagens de alegria

São apenas pensamentos,

Em que seria minha

E agora que estamos

Distantes de felicidades

Em que a manhã

Não enxerga mais o sol;

Que a chuva não repara o rol

Em que a lua criança, lhe emocionava,

E em que se fitava,

O estranho amor

E sua visão de arco-íris,

Em que minha íris

Reconta a todo,

O meu corpo

Que não há mais o aconchego,

E sim o desgosto

Dos sonhos passados.

Em que estavas

Ao encontro de meus passos

E que não havia a falta,

Em que não estava,

No ensaio,

De dar-se,

Junto a meus braços.

Omar Gazaneu
Enviado por Omar Gazaneu em 16/11/2012
Código do texto: T3989357
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