Reminiscências de Carolina

Carolina estava à toa

Com seu doce jeito de andar

Corpo esguio, indômito

Como ninguém

Levantou-se, bebeu água

Sua boca úmida

Meu desejo nunca foi remoto

E com suas delicadas mãos

Toca a sua face com uma estranha precisão

Seus cabelos encaracolados

Negros como meus sonhos

Carolina, que menina!

Endoidecia minh'alma

Tão carente e pequena

Nunca soube dos seus atributos

Mas os meus encantos eram suficientes

Tão bela a Carolina

Ela já não era mais um ser humano

Dissipou numa outra dimensão

Carolina, eu já não te vejo mais

Meu sofrimento me consome

Carolina, endoidecestes minh'alma

De tão louca e dissimulada

Também dissipei numa outra dimensão

E vim ao teu encontro

Carolina serás para sempre minha

Apesar de não sentí-la

Sumistes do meu coração

Mas jamais da minha memória

Carolina

Grandiosa

Esplêndida

Radiante

Única

E ainda assim...

Inalcançável.

Rebecca Sena
Enviado por Rebecca Sena em 15/11/2012
Reeditado em 30/04/2013
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