ela não está

passou, não percebeu

que iluminou a sala assim,

mas do sofá a luz correu

e se escondeu lá no jardim

diante do café

ficamos eu e a solidão

ela não está, essa mulher

que iluminou meu coração

na cama o devaneio

vive zombando de mim,

me mostra o pé, eu vejo o seio

e o filme chega logo ao fim

sentada na varanda

os passarinhos vêm lhe ver

ela sorri, levanta e anda

e eles cantam de prazer

saindo do quintal

a luz do dia lhe sorri

mas um sorriso ao dela igual

o sol não pode garantir

agora o que desejo

é não ter do que lembrar

já que em tudo o que eu vejo

ela sempre vai estar

Aluizio Rezende
Enviado por Aluizio Rezende em 15/11/2012
Código do texto: T3986978
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