ela não está
passou, não percebeu
que iluminou a sala assim,
mas do sofá a luz correu
e se escondeu lá no jardim
diante do café
ficamos eu e a solidão
ela não está, essa mulher
que iluminou meu coração
na cama o devaneio
vive zombando de mim,
me mostra o pé, eu vejo o seio
e o filme chega logo ao fim
sentada na varanda
os passarinhos vêm lhe ver
ela sorri, levanta e anda
e eles cantam de prazer
saindo do quintal
a luz do dia lhe sorri
mas um sorriso ao dela igual
o sol não pode garantir
agora o que desejo
é não ter do que lembrar
já que em tudo o que eu vejo
ela sempre vai estar