O CANTO DO AMOR

O CANTO DO AMOR

Às vezes ele é como a brisa fraca e tímida...

Às vezes com os furacões, os vulcões em erupções

No esteio de um poema, triste ou guerreiro...

Num gole seco de saudade, ou no sopro de um veleiro,

Traz a felicidade.

No Oasis perfeito das miragens, na sombra dos sonhos,

Sutil ou sagaz, valente e certeiro...

Às vezes, emana sustos, como guizos pontiagudos

Na volúpia mágica do absoluto...

Outras vezes tão manso quanto o sossego,

Nas asas de olhos tão amenos...

E quando me perco, estremeço,

Escondo-me, vôo...

Em busca de mim mesmo,

Incorporando a paz.

Seu canto me seduz...

Na pele de um cordeiro,

Outras vezes abrasivo como o lobo...

Ele vem assim...

Em passos de elefantinho...

Pesando-me a fronte,

Faz-me refém num corpo docente,

Eis o Amor...

No meu sangue,

A ferver o inconseqüente...

E a lucidez da realidade,

Clara e fria...

De que sem “Ele” minha poesia...

Não teria voz e nem ao menos rima...

Mesmo no silencio ouço a sua voz,

Como um pássaro raro,

Trinando a eternidade...

Recolho-o na alma,

Quando fecho as pálpebras,

Mas ele nunca dorme...

Sussurrando a felicidade.

Poesia Marisa Zenatte

* Direitos Reservados

Mrmaryllady
Enviado por Mrmaryllady em 13/11/2012
Código do texto: T3984654
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