Lembranças

Aos olhos da minha alma

um vulcão adormecido

certo jardim esquecido

o temor pedindo calma

delicioso pensar

no caminho do olhar.

As recordações teimosas

nas feridas dolorosas

no sentimento partido

fundo do ego escondido

fragmentando a verdade

disfarçando minha saudade.

Nova tentação do tempo

Judiando no presente

nesse esquecimento lento

teipes de felicidades

resquícios da mocidade

fraturas de sedução

apertando o coração.

Um grito surge do íntimo

rasgando a solidão

devastando a paixão

onde a dor cativa arde

querendo explodir a carne.

Pressão aumenta no peito

lágrima querendo rolar

a boca engolindo seco

nesse amor que não jeito

certo mistério no ar.

Na inconstância da vida

o vento seduz à brisa

uma promessa perdida

invadindo a lembrança

que nunca foi esquecida.

Antonio Nog
Enviado por Antonio Nog em 13/11/2012
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