Meus Rabiscos

Entrelaçada pelos dedos mórbidos

Que mal desenham tantas letras soltas,

Minha caneta escorrega e escreve

Palavras feitas de um traçado leve

Que se derrama na manhã revolta.

Retorço os versos sobre a folha branca,

Espremo o sangue eterno da poesia

E minha pena entre os dedos corre

Morrendo solta como ainda morre

A primavera na manhã vazia.