CONFISSÃO

Confissão

CONFESSO

que me rendi aos teus encantos

e caí de joelhos em sublimação

orando, as mãos levantei aos céus

para que tivesses por mim afeição.

CONFESSO

que perdi o compasso do tempo

olhando para te ver chegar à janela

e de longe admirar teu corpo desnudo

escondida à sombra da luz da vela.

CONFESSO

que às noites sonhei contigo

e vivi o êxtase do nosso idílio

perdendo-me em teus braços

quebrando todos os impecílios.

CONFESSO

que tu me lembras do tempo infante

quando trocávamos olhares ardentes

ao som do tango de Gardel

que fazíamos dos nossos beijos favos de mel.

CONFESSO

que me entreguei como frágil donzela

tão tímida, medrosa, contraditoriamente despojada

não percebi no teu olhar a sagacidade

e me deixei prender pela tua sensualidade.

CONFESSO

que invejo o aroma das gardências

por deixarem teu corpo perfumado

atraindo para ti os beija-flores

que de joelhos caem por ti apaixonados.

CONFESSO

que segredos contei à lua

esperando meus sentimentos resguardar

fui surpreendida pela tua declaração

de que eu só vivo para ti amar.

CONFESSO

que de amores por ti eu morro

pois meu querer é maior que o infinito

é só só te ver que para ti eu corro

rendendo graças ao meu Deus bendito

Maria Luiza D Errico Nieto
Enviado por Maria Luiza D Errico Nieto em 02/03/2007
Reeditado em 19/07/2023
Código do texto: T398333
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