O POETA E A SETA
O POETA E A SETA
O poeta
Atira sua seta
Atingindo no coração
Aqueles que sofrem de paixão
A seta de grafite
Risca o papel sulfite
Elencando emoções
Enlevando devoções
Estrofes carnais
Encontros verbais
Sagas de amantes
Loucos rompantes
Os versos se entrelaçam
Quais corpos que se amassam
Gerando doces frutos do pecado
Maçãs de amores mastigados
Segue enchendo folhas
Derramando pétalas
Seja lá a flor que se escolha
Descrevendo com gala
Amores de todos os tipos
Inexistência de mitos
Transbordando ardências
Extinguindo carências
Escreve poeta
Da poesia asceta
Deixa transbordar a ternura
Enche de amor a moldura
Louva os amantes
Nos atos e antes
Desde o trocar de olhares
Até o desaguar dos mares