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A paixão concentrada em mim
Está editando um novo fim,
Menos sofrido,
Mais bonito.
É o combustível
Para o voo no céu do sensível.
 
Faz questão de sorrisos,
Para continuar a poetar o paraíso,
Em todos os seus líricos sulcos.
...E são muitos!
Exige-me em alegria
Para relatar os detalhes íntimos,
Mesmo os mais ínfimos,
Da cósmica folia.
Algo tão grandioso,
Quanto saboroso!
Tão acima de nossa viciada imaginação,
Acostumada às viseiras da multidão.
 
A paixão irrequieta em mim,
Cobra-me um primoroso jardim.
Não aceita queixas, queixumes.
Rejeita todos os ardumes.
Não quer mais saber de tristezas,
Por me ter franquiado o acesso à sua represa.
Celeiro encantado dos mais poderosos dons,
Dos mais enlevados sons.
Já me disse a que vinha,
Claramente, em todas as linhas.
Não pode atender a meus pedidos,
Mas, se deu ao trabalho de me mostrar,
De, singularmente, me apontar
Seus universais motivos.
 
A paixão que, em mim, explode:
Pacientemente, me revolve,
Diligentemente, ao centro, me devolve,
E me comove,
Absorvendo todo o veneno,
Que poderia me contaminar o ensejo.
Aposta em meus objetivos,
Mantendo-me vivo, ativo,
Lúcido,
Lúdico!
Mais puro do que nunca.
Em mim, é a paixão que mantém a altura.
 
 
 
 
Música indicada:
 
 
 
Claudio Poeta
Enviado por Claudio Poeta em 12/11/2012
Código do texto: T3981401
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