SONETO DE UM PEITO PIEGAS

Vivi eternamente contigo por dois anos.

Um contubérnio infinitamente terno.

Chorei tua dor; ri teu riso. Desenganos...

Um Soneto da Fidelidade de inverno.

Um varão, num verão, rompeu um dueto

De unilateral amor. Ocaso de um caso. A dor!

"Não serei lado de triângulo, prometo;

A distância resolve". Parti, sem rancor,...

...Com a esperança de um novo alvorecer

Que fosse favorecer um coração carente.

Esqueci-me que "a saudade mata a gente".

E ela, teimosa, jamais deixou fenecer

A chama que, desrespeitosamente, arde,

Num peito piegas e mais do que covarde.

Pedro Cordeiro
Enviado por Pedro Cordeiro em 11/11/2012
Reeditado em 11/11/2012
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