Maria
Neste sorriso meigo do fim do dia,
não era Luzia ou Betânia
era Maria.
Era o sorriso mais puro e singelo,
assim como o sol
em seu crepúsculo amarelo.
E como em um gesto de adeus na paisagem
em teus cabelos ralos e brancos.
Sufocava um grito de tristeza, me faltava coragem
já me contavam anos e anos, só teus.
Talvez eu já previsse, era a hora do adeus,
sabia que tu partias.
Vi o vermelho do teu sangue
procurando o aconchego,
e esta dor que agora eu carrego.
A saudade imensa me esvazia
enchendo meu coração de agonia.
Que até hoje não consegue dizer.
Adeus Maria.