Calor no inverno

Meu corpo sem o seu

Não é um corpo

É apenas uma carcaça vazia...

Meu corpo junto ao seu

É outra coisa, tão forte

Chega até ser covardia.

As juras de amor com arrepios

Os milhões de "eu te amo" disparados

Os gritos seguidos de elogios

Os meus dedos com os seus

Quase amarrados.

Os meus olhos procurando pelos seus

Minha voz quase sem som

Um tanto rouca

Os meus pelos eriçados como os seus

Minha boca completando sua boca.

O suor que não se sabe de quem é

Se é meu ou seu

Ou uma junção dos dois

Por enquanto o comandante aqui sou eu

Mas relaxa, você vai mandar depois...

Frases soltas, soluçantes, desconexas

Nossos corações em pulsação constante

O seu grito a ecoar pelas américas

Enquanto a respiração é ofegante...

De repente

Num instante curto e eterno

E que vale o metabólico momento

Já sem voz eu e você

(Calor no inverno)

Liberamos um trilhão de sentimentos.

Nós deitados sobre leito majestoso

Chamuscados por um fogo poderoso

(Quão divino são os momentos assim)

E você num movimento de leoa

Quer me mostrar de novo o quanto a vida é boa

E dentro de você um pouquinho de mim...

Weverthon Siqueira
Enviado por Weverthon Siqueira em 08/11/2012
Código do texto: T3976189
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