Esculpindo palavras, talhando os traços
Amai! Amai! Com paixão
Para que não clame mais tarde a solidão
Amai! Amai! Em exaltação
De ternura e compaixão sem medo de um não
Exclamai! Tanto aos céus um Amor
Com tanta agonia e Fervor
Que apartou de ti a dor
Das inconseqüências sem pudor
Tu esgotaste de mim, em cada palavra
Que quando em safra lavra
Como encantos de favas
Perdidas entre as larvas
Exclamai! Amai! Sem medo
De sonhar em pleno pesadelo
Os mais belos sonhos de horror
Em detrimento de si
E aí de mim, se não lhe resgatar
E aí de ti, se não vier até mim.