ETERNO SOLITÁRIO
Estava eu sentado em meu secreto aposento
De repente, arrebatado em meus pensamentos
Voei para o mais alto do céu e tu ali estavas
Linda como a luz da lua e os raios do sol.
E diante daquela divinal beleza
O meu desditoso coração sossegava.
Porque, lá, com minhas mãos te afagava.
Senti-me, desposando-te, uma realeza.
Alguém, então, bate na porta despertando-me
De meus devaneios. Quando acordo me encontro
Sozinho, procuro-te, mas, tudo em vão.
As lágrimas que brotam vem do coração.
Levanto-me, depois volto a sentar-me, ao chão.
Escrevo estes versos, lamentos, com carvão.
Logo em seguida, apanho uma corda no armário
E dou cabo de mim, um eterno solitário