Vou rasgar os meus versos.
Não sei "rasgar" o verbo,
Não entendo,porque se rasga alguém...
Lâmina afiada,molhada de desejos,lampêjos
de loucura,talvez...
Rasga-se a roupa de tanta pressa,
Rasga-se cartas de promessas.
Que não puderam ser cumpridas.
Rasga-se o bilhete escondido,
Rasga-se rostos,bandidos.
E...inevitavelmente rasga-se corações.
Rasgo os meus versos sem sentido.
Mas aqui,não tenho o papel...
Tenho só o bordel,das minhas idéias.
Rasgadas,amassadas...
Que já não voam,feito "papelzinho" aventureiro,
ao sabor do vento morno da paixão
O papel,está manchado.
Sangue.
Suor e
pecado.
Vou sair,e rasgar alguém por ai...