Vou rasgar os meus versos.

Não sei "rasgar" o verbo,

Não entendo,porque se rasga alguém...

Lâmina afiada,molhada de desejos,lampêjos

de loucura,talvez...

Rasga-se a roupa de tanta pressa,

Rasga-se cartas de promessas.

Que não puderam ser cumpridas.

Rasga-se o bilhete escondido,

Rasga-se rostos,bandidos.

E...inevitavelmente rasga-se corações.

Rasgo os meus versos sem sentido.

Mas aqui,não tenho o papel...

Tenho só o bordel,das minhas idéias.

Rasgadas,amassadas...

Que já não voam,feito "papelzinho" aventureiro,

ao sabor do vento morno da paixão

O papel,está manchado.

Sangue.

Suor e

pecado.

Vou sair,e rasgar alguém por ai...

Luciane Lopes
Enviado por Luciane Lopes em 01/03/2007
Código do texto: T397472
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