Poesia de amor

Passam-me despercebidas as flores,

Não me agrave de saber a distancia dos odores,

Obram-se os palmares em ilhas dos mares,

Os ventos anelam ‘se nos areais de Algarves,

Mesmo tinindo dentro dos foles negros do campo

E tu me dizes em elevado pranto,

Que não me amas tanto, ou quanto.

Que sabias que me amavas em gozo,

Moldando a fibra na boca carmim

Do farol com olhos ciclone. Vejo-te,

Emoldurada nas nuvens algodoeiras,

O sol beijar-te os seios lácteos marfim,

Ai de mim que a poesia aprisiona-me

Nas noites portuárias do Tejo,

Nas maresias doces do porto seco