Meu espelho
Foi sutil
Idiota e tola
Ao mesmo tempo,
Uma vida que precisava de apoio
Não corri do medo
Não verifiquei os lados
Não se fiz de forte,
Nem de fraca
Do que vi?
Do que vou ver?
Do que senti?
Do que ainda sinto?
O espelho tem suas figas
Seu lado rachado
Sua superfície torta
Sua forma vazia
Ele sofreu sim,
Com o desgaste do tempo
Com os arranhões da vida
Com a falta de remendos
Agora sem dizer, somente refletindo
Ele mostra-se sem norte
Com as mãos desenhadas por veias antigas
Com os olhos precisando de brilho
Ela não sabe sentir calor
Não se mostrou capaz disso
Porque os anos deixaram escapar
O que deveria ser seu paixão.