Amar-te no tempo...

solidão acentua tua presença;

amarga doçura da paciência

tão impacientemente ausente;

coração que sente, se

emociona e detona

lágrimas largas, grossas

como a delicadeza de

sentir-te em mim na leveza

e suavidade de amar-te;

fúria insegura na

miragem do espelho,

no tempo prisioneiro,

livre e perigosamente

dependente do amor

latente sem precedente;

solidão ou solitária,

decididamente não cabe

com o estado de ser e estar

apaixonadamente como

sempre e nunca mais;

te faço amor, com amor

preenchendo os

espaços vazios

dentro de mim quando

a dor se aproxima.

Marisa de Medeiros