Ao final de cada dor
Que a beleza desta dor afugente toda gente e ausente
Permaneça à espreita de uma brecha, a fim de sair de mim
Ou a fim de ocupar outro peito que não seja este
Que agora inflama em pura chama de desassossêgo
E em seu leito se espalha como viva alma
E assombra a cada passo dado rumo a me ferir
Para quando sair de mim, levar consigo o que foi tido
como o início de um fim já sentido
E fora deste eminente perigo
Eu possa respirar aliviada pela ausência de um tudo
E a presença em mim, de um nada
Diante da tão esperada paz!