AMOR-AMOR!
Na hora, em que o sino da igreja de outrora,
Firmava a ave Maria, o menino sem demora,
Percorria aos saltos; esburacado trecho de asfalto!
Trazia no peito coração; de suave nato!
Que no ritmo de surdas batidas, traduzia;
Seu sentir. E o amor, esta fonte de louvor e ousadia,
Fazia do menino, um príncipe de vestes rotas,
E cabelos eriçados por ventos e gotas,
Que ao inverso do que versa o verso, jamais foi da chuva,
Que o vento logo afastou, mormente de calores, que a ruiva,
Nuvem de pudor; ao couro cabeludo acrescentava,
E neste ritmo, de ânsia e paixão! Torvelinho d’alma apascentava:
Calma! Calma! E se ria... sim! Eu a amo, afirmava!
E sempre amarei! Discursava:
Para o silêncio, e para o vento, que ainda teimava,
Em desfazer as vestes, trajes, que no labor diário trajava.
No ínterim, desta entusiasmada jornada!
Ela docemente enlevada,
O aguardava, junto a canteiro das heras
Na rua dos cravos, no bairro das primaveras,
Recanto de espera, onde germinara seu amor,
Se não o primeiro; o primeiro verdadeiro amor!
A pequena flor, meneava nas mãos o doce de seu bravo
Infante: Pipocas das de emilia. Gravo!
Que permanecerá, como um símbolo da dádiva,
Do encontro de suas almas eternas... Meditava!
E antes que a primeira chuva caísse,
A primavera, cúmplice;
Dos amantes de hoje, de ontem e de antes
Assiste, com ares triunfantes,
O abraço que encerra o poema,
E o encontro que se renova no tema!
Imagem: Olimpio de Roseh
Na hora, em que o sino da igreja de outrora,
Firmava a ave Maria, o menino sem demora,
Percorria aos saltos; esburacado trecho de asfalto!
Trazia no peito coração; de suave nato!
Que no ritmo de surdas batidas, traduzia;
Seu sentir. E o amor, esta fonte de louvor e ousadia,
Fazia do menino, um príncipe de vestes rotas,
E cabelos eriçados por ventos e gotas,
Que ao inverso do que versa o verso, jamais foi da chuva,
Que o vento logo afastou, mormente de calores, que a ruiva,
Nuvem de pudor; ao couro cabeludo acrescentava,
E neste ritmo, de ânsia e paixão! Torvelinho d’alma apascentava:
Calma! Calma! E se ria... sim! Eu a amo, afirmava!
E sempre amarei! Discursava:
Para o silêncio, e para o vento, que ainda teimava,
Em desfazer as vestes, trajes, que no labor diário trajava.
No ínterim, desta entusiasmada jornada!
Ela docemente enlevada,
O aguardava, junto a canteiro das heras
Na rua dos cravos, no bairro das primaveras,
Recanto de espera, onde germinara seu amor,
Se não o primeiro; o primeiro verdadeiro amor!
A pequena flor, meneava nas mãos o doce de seu bravo
Infante: Pipocas das de emilia. Gravo!
Que permanecerá, como um símbolo da dádiva,
Do encontro de suas almas eternas... Meditava!
E antes que a primeira chuva caísse,
A primavera, cúmplice;
Dos amantes de hoje, de ontem e de antes
Assiste, com ares triunfantes,
O abraço que encerra o poema,
E o encontro que se renova no tema!
Imagem: Olimpio de Roseh