O veredito é te amar
Na vida tudo passa, tudo que nela contém com o tempo some e se vai
Esse era o meu pensamento até ver meu amor...
Meu amor é diferente...Meu amor é de setim e de porcelana
As vezes maleável como o setim, as vezes dura e delicada como a porcelana
Meu amor é fenda de dois montes
Meu amor é como aquela única fresta de sol em dia de neblina...
Meu amor se pinta de vermelho...e se torna bela e diferente...
Moça dos ventos tropicais, que esquenta e conturba meu ser
Meu amor é incerta, mas ao mesmo tempo é a minha resposta para tudo
È o veredito do juiz, é a sentença de vida, é o raro azul do fogo
È passífico som do mar...
È como o fruto da figueira a saciar a fome dos pequenos
È a libertária figura de minha alma
A singela fonte da redenção...
No pó da terra surgiu e no meu coração se sepultará...
Mas somente no meu último suspiro quando não mais puder
te amar...