Meu amor te incomoda...
Talvez porque te amo tanto,
Talvez por ser verdadeiro
Ou quem sabe, esse meu jeito,
Essa minha forma "original" de amar,
Aos olhos da tua compreensão...
Pareça egoísta.
Peço perdão por te amar demais.
Peço perdão por eu não saber
Mais viver sem ti.
Perdoa-me, eu não gostaria...
Que fosse assim.
Mas... entendo ou não.
Perdoando ou não,
Eu sempre vou te amar!!!
Nem que isso custe
O resto da minha vida.
Beijos com muito amor!
E... mais uma vez:
Se for possível, Amor, perdoa-me...
Por Muito te Amar!
Isis Dumont
Comentário/Interação do poeta:
Jamais ter sido amado
Não é desgraça pra ninguém
Mas te tornarás desgraçado
Se nunca amares alguém.
Hamilton Santos
"Muito grata por seu comentário através dessa
linda quadra, que enriquece mais meus versos".
Isis
Ausência
Eu deixarei que morra em mim o desejo de amar os teus olhos que são doces
Porque nada te poderei dar senão a mágoa de me veres eternamente exausto.
No entanto a tua presença é qualquer coisa como a luz e a vida
E eu sinto que em meu gesto existe o teu gesto e em minha voz a tua voz.
Não te quero ter porque em meu ser tudo estaria terminado.
Quero só que surjas em mim como a fé nos desesperados
Para que eu possa levar uma gota de orvalho nesta terra amaldiçoada
Que ficou sobre a minha carne como nódoa do passado.
Eu deixarei... tu irás e encostarás a tua face em outra face.
Teus dedos enlaçarão outros dedos e tu desabrocharás para a madrugada.
Mas tu não saberás que quem te colheu fui eu, porque eu fui o grande íntimo da noite.
Porque eu encostei minha face na face da noite e ouvi a tua fala amorosa.
Porque meus dedos enlaçaram os dedos da névoa suspensos no espaço.
E eu trouxe até mim a misteriosa essência do teu abandono desordenado.
Eu ficarei só como os veleiros nos pontos silenciosos.
Mas eu te possuirei como ninguém porque poderei partir.
E todas as lamentações do mar, do vento, do céu, das aves, das estrelas.
Serão a tua voz presente, a tua voz ausente, a tua voz serenizada.